Que suave é o ar! Como parece
Que tudo é bom na vida que há!
Assim meu coração pudesse
Sentir essa certeza já.
Mas não; ou seja a selva escura
Ou seja um Dante mais diverso,
a alma é literatura
E tudo acaba em nada e verso.
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"Tudo quanto penso, tudo quanto sou..."
Tudo quanto penso,
Tudo quanto sou
É um deserto imenso
Onde nem eu estou.
Extensão parada
Sem nada a estar ali,
Areia peneirada
Vou dar-lhe a ferroada
Da vida que vivi.
.....
Foto:Maria José Gonçalves
1 comentário:
Fernando Pessoa e pronto. E ponto. Pouco há a dizer. Beijinhos
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