terça-feira, dezembro 20, 2005

A estátua



O teu corpo branco e esguio
Prendeu todo o meu sentido…
Sonho que pela noite, altas horas,
Aqueces o mármore frio
Do alvo peito entumecido…

E quantas vezes pela escuridão
A arder na febre de um delírio,
Os olhos roxos como um lírio
Venho espreitar os gestos que eu sonhei…

- Sinto os rumores duma convulsão,
A confessar tudo que eu cismei

Ó Vénus sensual!
Pecado mortal
Do meu pensamento!
Tens nos seios de bicos acerados,
Num tormento,
A singular razão dos meus cuidados

Judith Teixeira

Imagem daqui

1 comentário:

lena disse...

de novo surpreendida com poesia tão bela,
apesar de já conhecer alguns fico encantada com o teu gosto em cada partilha

beijinhos meus

lena