terça-feira, dezembro 27, 2005
Esse disforme e rígido porraz
Esse disforme e rígido porraz
Do semblante me faz perder a cor;
E assombrado d'espanto e de terror
Dar mais de cinco passos para trás;
A espada do membrudo Ferrabraz
Decerto não metia mais horror:
Esse membro é capaz até de pôr
A amotinada Europa toda em paz
Creio que nas fodais recreações
Não te hão-de a rija máquina sofre
Os mais corridos, sórdidos cações:
De Vénus não desfrutas o prazer:
Que esse monstro, que alojas nos calções
É porra para mostrar, não de foder.
Manuel Maria Barbosa du Bocage (de "Clássicos do erotismo, vol. 1")
Foto: James Spada
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2 comentários:
Ó rapariga, até me entalei!!
Então não soubeste vestir o rapaz?
Ai o Bocage se assim o visse despido, fazia-lhe logo um soneto!
Um abraço e Feliz Ano Novo ;)
O nosso amor morreu... Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.
E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!
gostei mt do teu blog...kd puderes dá uma passadinha plo meu! bjux
bom 2006!
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