sábado, fevereiro 25, 2006
Seios
Teus seios pequeninos que em surdina,
pelas noites de amor, põem-se a cantar,
são dois pássaros brancos que o luar
pousou de leve nessa carne fina.
E sempre que o desejo te alucina,
e brilha com fulgor no teu olhar,
parece que seus seios vão voar
dessa carne cheirosa e purpurina.
Eu, pare tê-los sempre nesta lida,
quisera, com meus beijos, desvairado,
poder vesti-los, através da vida,
para vê-los febris e excitados,
de bicos rijos, ávidos, rasgando
a seda que os trouxesse encarcerados.
Hildo Rangel
Foto:Michelle 7
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1 comentário:
Belo poema ...
"Desperto sempre antes que raie o dia
E escrevo com o sono que perdi.
Depois, neste torpor em que a alma é azul,
Aguardo a aurora, que já quantas vi...."
Fernando Pessoa
Um Bom FDS Carnavalesco!
Bjks da Matilde
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