quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Ausente



Eu podia estar ausente,
simplesmente ausente
ou nulo,
como corda de viola, por tanger,
sem que nada se prendesse ao meu olhar
ou às mãos,
e que o presente
fosse o instante de esquecer.


Poema:Manuel Filipe

Foto:Stanmarek

O presente
É o instante de esquecer.
No meu olhar,
Estou ausente
Nada me prende.


Wind (Desculpem a ousadia de "responder" a Manuel Filipe)

5 comentários:

De Amor e de Terra disse...

Olá Amiga!
Perdoe vir até aqui tão raramente.
Prometo que logo que possível, passarei a ser mais assídua.

Parabéns pela escolha; Daniel Filipe tem coisas muito belas.
Um beijo da
Maria Mamede

Anónimo disse...

eu podia estar ausente
sem ler o presente
mas esquecer?
eu podia estar ausente
com essas palavras
que a minha alma iria tangir
como cordas de viola ausente.
até podia esquecer o presente.
as palavras não.



gostei de tudo.
Bjs

Mitsou disse...

Gostei do poema e da tua resposta. Fez-me pensar que muitas vezes estamos ausentes do nosso próprio olhar.

Um beijo grande, amiga

Silêncio de Alma disse...

olá...um novo espaço....visita...
http://silenciosdaalma.blogspot.com
Beijinhos!

Graca Neves - mgbon disse...

Lindo!..."no meu olhar estou ausente nada me prende"
Que bela imagem!