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Eis que estremecemos,
corpos aturdidos, ao apelo do mar,
que desinquietou
o silêncio húmido das rochas na praia.
Perde-se a palavra no eco das ondas,
pois ficamos hirtos, de ouvidos imersos
no cântico do mar:
Fúria de asas brancas que ronda no vento
seixos que deslizam, num vai-vem feliz,
estalidos furtivos de conchas quebradas,
e subindo mais alto, o troar contínuo
do cântico do mar.
Voltamos no tempo, solta-se ternura,
aquieta-se o rosto, nas sombras, na luz,
e sorrimos absortos, de ouvidos atentos
ao coral tremendo,
do cântico do mar.
Poema:Manuel Filipe
Foto:Stanmarek
2 comentários:
Olá Wind,
as tuas fotografias cada vez nos cortam mais a respiração:))
Wind,
Poema muito....belo. :))
Bom fim de semana
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