quinta-feira, agosto 24, 2006
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Não há outra tentação para o amor e para a poesia
a tentação de não dizer nada para dizer tudo
Não sonhei mas vi no silêncio de uma tarde de verão
o teu vulto melodioso junto a uma árvore negra e vermelha
o calor era tão lento que tu quase gritavas
lentamente a tarde era do Eros absoluto
lentamente o desejo de te possuir queimava-me
e no desejo de fluir nuamente nas tuas veias
abrasava-me
a tua cor era profunda como a terra lenta e vermelha
e lentamente como um astro uma sombra
abria as comportas da tua noite
e inundava-te.
António Ramos Rosa
Foto:Yuri B.
PS:Retirei este poema numa das minhas pesquisas pela net. Acontece que não tinha título. Se alguém o souber, agradeço que mo escreva nos comentários por favor. Obrigada:)
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1 comentário:
Wind,
Não conheço o título. Provavelmente não o tem, mas continua a ser um belo poema de um grande poeta.
Beijos.
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