segunda-feira, fevereiro 28, 2005
Deserto
Na areia do deserto, divago silenciosamente e penso em ti.
Como era bom estar contigo.
Os teus lábios, as tuas orelhas, o teu pescoço, a tua pele.
Chegávamos a casa e bastava um olhar. Não havia tempo para mais nada.
Despiamo-nos à pressa e tocávamo-nos.
As pernas, os cabelos, a boca com mordidelas pequeninas...
O teu sexo entrava em mim e eu ria muito de prazer.
No orgasmo tornava-me a rir.
Mas um dia acabou.
E passei a divagar no deserto do sonho, voando sem sentimentos
Vazia, oca, e nunca mais quis sair deste deserto.
wind
Foto:Pedro Monteiro
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