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Lampiões pendurados na noite
cortam as alamedas que se movem sobre um palco
movediço de sombras que se engastam
na moldura gasta de um retrato.
No meio do mundo a cidade afunda
dentro do vazio de um sono não habitado
por voz ou ressonância de gente
ou pelo ranger monótono de algum estrado
violando o silêncio e seus narcóticos
a cidade some sob meus olhos
que a buscam em vão no mapa.
Ainda hoje ouço o estalo de seus galhos.
Rodrigo Petrónio
Imagem retirada do Google
3 comentários:
Muito belo poema!
Beijos.
Bom poema...
Não conhecia e fiquei encantada e não podias ter escolhido uma foto melhor.
Beijocas
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