Repentina de improviso,
Antes da hora marcada,
sem licença nem aviso,
Chega a chuva viajada.
Já foi mar que já foi rio,
Chegado à foz da nascente,
Já foi neve em dia frio,
Já foi nuvem, já foi gente.
Vejo-a da minha janela,
São tantas as formas da água,
Olho-a hoje, julgo-a bela,
Já foi lágrimas de mágoa!
Gonçalo Nuno Martins, in"Nada em 53 vezes", pág.55,Papiro Editora
Foto:
Henri Manguy
5 comentários:
Um poema bem a condizer com o tempo destes últimos dias.
bjks
Um estupendo trabalho de um poeta que vi nascer aqui na blogosfera.
Beijinhos
Li e reli e senti a chuva...que "já foi lágrimas de mágoa"!
Lindissimo!
Beijos
Sempre fantástico o meu querido amigo GNM!!!
Obrigado Wind, pelo destaque e por teres lido o meu primeiro livro...
Brevemente, outro aí estará!
Beijos.
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