segunda-feira, janeiro 31, 2005

Em desamparo, caminhou



Em desamparo, caminhou entre os ciprestes.
Quando esgotado, um refúgio procurava
o templo branco entreviu, na luz agreste.

No átrio, claudicou arrepiado:
- Um sopro perpassou entre as colunas,
estilete filiforme, agudo e gelado...

Devagar, subiu a escadaria;
Sabia de antemão que o aguardava
uma forma luminosa, bela e esguia...

Manuel Filipe

Foto: Wind
Escolha do poema: ognid

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