domingo, junho 26, 2011

Trago na palma da mão a luz diurna



Trago na palma da mão a luz diurna: e a ferida no flanco.
O meu deus, o meu demónio, respira fundo e alto.
Ela, a minha múltipla companheira,
é uma coluna silenciosa e ardente.
A luz sela esta aliança entre o sopro e a matéria
e uma voz se eleva nos barcos do silêncio.

António Ramos Rosa

Imagem retirada do Google

4 comentários:

pixel disse...

é tão bonito. Incorporam-se estas palavras :))

Fatyly disse...

Uma aliança comovente. Gostei imenso e a foto não podia ser outra! Dois em um.

Beijocas e um bom domingo

augusto disse...

A Luz e os IPes
:)

Bom domingo, já não fumas?

Paula Raposo disse...

Um poema excelente!