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Era quase sempre madrugada quando, trôpego, retornava adivinhando caminhos e estrelas. A bem da verdade, perdia-se, às vezes. Já batera em porta errada, dormira em banco de praça, acordara na calçada abraçado ao cachorro do vizinho. Mas, quase sempre, chegava são e salvo. Subia as escadas, abria a porta sem ruído, tirava os sapatos e entrava, pé ante pé, na casa adormecida. Em silêncio. Para não despertar a solidão.
Márcia Maia
Pintura:Van Gogh
3 comentários:
Uma rotina singular...
Um beijinho hindyado
Uma realidade. Beijos.
Triste mas não menos real.
Gostei:)
Beijocas
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