
Ainda ontem pensava que não era
mais do que um fragmento trémulo sem ritmo
na esfera da vida.
Hoje sei que sou eu a esfera,
e a vida inteira em fragmentos rítmicos move-se em mim.
Eles dizem-me no seu despertar:
" Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de areia
sobre a margem infinita
de um mar infinito."
E no meu sonho eu respondo-lhes:
"Eu sou o mar infinito,
e todos os mundos não passam de grãos de areia
sobre a minha margem."
Só uma vez fiquei mudo.
Foi quando um homem me perguntou:
"Quem és tu?"
Kahlil Gibran
Foto retirada do Google
4 comentários:
Difícil saber quem somos. Belo poema. Beijos.
Um excelente texto que nos obriga a pensar sobre a nossa condição.
Pergunta difícil, Wind, resposta bainda mais difícil. Nem Kahlil Gibran conseguiu responder... mas andou lá perto, neste e em outros poemas.
Beijos.
Um grande pensador e esta prosa é bastante inquietante. Adorei!
Beijocas
Enviar um comentário