quinta-feira, março 22, 2012

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Há muitos metros entre um animal que voa
E a escada que desço para me sentar no chão
Mas basta-me um quadrado de sossego
Para a distância absoluta

Está para além do que se vê a janela onde me debruço definitivo
Não é uma aparição
Nem se pode alcançar sem se ir em frente caindo

Só no fim da paisagem estou de pé como um para-quedista que desce
Suspenso como os santos num arroubo místico
Erguido como um anjo em suas asas
E sinto-me ser alto como um astro. Nuvem
Como se fosse um homem
Que levita

Daniel Faria

Imagem retirada do Google

2 comentários:

Fatyly disse...

Profundo e tocante, muito tocante!

Beijocas

Anónimo disse...

Muito interessante.

Bj