Este frio que me penetra na alma
Esta lucidez amarga
Este Outono triste
Pessoas com o rosto cerrado
Parece que tudo fica mais negro
Olho em volta e vejo anónimos
No ritual da manhã
A beber o café
Saem apressados para o trabalho.
Passam as horas,
Voltam como autómatos para casa
Jantam, vêem televisão, deitam-se…
No dia seguinte tudo se repete
Onde estão os afectos?
Onde está o calor humano?
Cada vez há mais solidão.
Não se vive, vegeta-se…
Foto:Jerry Uelsmann
3 comentários:
...ó minha querida...sabes que sinto muito isso agora???...depois do que aconteceu...comecei a ver o mundo de outra maneira...algumas pessoas desiluduram-me e muito...cada vez estão mais egocêntricas...que coisa estranha!!!...
Beijinhos grandes.
Olá,
"Este Outono triste". Também sinto isso. Acho que é a estação do ano de que menos gosto. Quanto a este modo de vida, hoje em dia é assim em todas as grandes cidades. Lembrei-me da descrição do apartamento de um tradutor japonês que o David Lodge faz num dos volumes do livro "Small World". Era tão pequenino, tão pequenino que mesmo em pé o homem mal cabia lá. Se não fosse trágico, seria muito cómico.
Já agora, se ainda não leste, aconselho-te o livro. É uma boa companhia para estas noites frias.
Bom feriado ou bom fds, caso faças ponte.
Um beijinho.
Olá,
estive visitando teu blog.
Ele é lindo, com poemas muito bem escolhidos, mas também me chamou a atenção por ser o blog politicamente correto. Sempre mantens a autoria não somente dos poemas, mas, também das imagens.
Parabéns!
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