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Tu lhes dirás, meu amor, que nós não existimos.
Que nascemos da noite, das árvores, das nuvens.
Que viemos, amámos, pecámos e partimos
Como a água das chuvas.
Tu lhes dirás, meu amor, que ambos nos sorrimos
Do que dizem e pensam
E que a nossa aventura,
É no vento que passa que a ouvimos,
É no nosso silêncio que perdura.
Tu lhes dirás, meu amor, que nós não falaremos
E que enterrámos vivo o fogo que nos queima.
Tu lhes dirás, meu amor, se for preciso,
Que nos espreguiçaremos na fogueira.
Ary dos Santos
Foto:Eli
2 comentários:
Um poema fabuloso de quem deixou tantas saudades. Boa escolha:)
Beijocas e um bom dia
não atino com as letras já vou na 7ª tentativa:(
Tinha que ser!
José Carlos Ary dos Santos.
Está tudo dito. E escrito.
Bj
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