domingo, julho 12, 2009

Saudade



Pairam ascendentes seduções
Nas formas cor de purpura
Da mística brisa distante.

Suaves recordações
Invisíveis fontes puras
Acordam na memória viajante.

Saudade,
Aquele calor sensível
Que se esconde no forro íntimo do sentimento

Aquela onda suave
Que refresca os horizontes da verdade

Aquele arrepio simples
Que se estende pelos sentidos da memória

Aquela fita silenciosa
Que se projecta no interior do peito

Aquele ardor nostálgico
Que se instala na serenidade do horizonte

Aquele murmúrio terno
Que ilumina a canção do olhar

Aquela seiva melancólica
Que alimenta os rios intermináveis do corpo

Há muito que não vejo
Aquele olhar radiante
Sorvendo a sensualidade do ar.

Jorge Viegas

Imagem retirada do Google

2 comentários:

Fatyly disse...

Aquele murmúrio terno
Que ilumina a canção do olhar
.........
lindissimo!!!

Beijos e um bom domingo

Paula Raposo disse...

Belíssimo poema! Gostei imenso. Beijos.