sábado, janeiro 31, 2015
quinta-feira, janeiro 29, 2015
Se

Se podes conservar o bom senso e a calma
Num mundo a delirar, para quem o louco és tu.
Se podes crer em ti com toda a força da alma
Quando ninguém te crê. Se vais faminto e nu
Trilhando sem revolta um rumo solitário.
Se à torpe intolerância, se à negra incompreensão,
Tu podes responder subindo o teu calvário
Com lágrimas de amor e bênçãos de perdão.
Se podes dizer bem de quem te calunia,
Se dás ternura em troca aos que te dão rancor
Mas sem a afectação de um santo que oficia,
Nem pretensões de sábio a dar lições de amor.
Se podes esperar sem fatigar a esperança,
Se podes esperar sem fatigar a esperança,
Sonhar, mas conservar-te acima do teu sonho,
Fazer do pensamento um arco de aliança
Entre o clarão do inferno e a luz do céu risonho.
Se podes encarar com indiferença igual
O triunfo e a derrota, eternos impostores!
Se podes ver o bem oculto em todo o mal
E resignar sorrindo ao amor dos teus amores.
Se podes resistir à raiva e à vergonha
De ver envenenar as frases que disseste
E que um velhaco emprega eivadas de peçonha
Com falsas intenções que tu!... jamais lhe deste!
Se podes ver por terra as obras que fizeste,
Se podes ver por terra as obras que fizeste,
Vaiadas por malsins, desorientando o povo,
E sem dizeres palavra e sem um termo agreste
Voltares ao princípio para construir de novo.
Se puderes obrigar o coração e os músculos
A renovar um esforço há muito vacilante,
Quando no teu corpo já afogado em crepúsculos
Só exista a vontade a comandar – Avante!
Se vivendo entre o povo és virtuoso e nobre,
Se vivendo entre o povo és virtuoso e nobre,
Se vivendo entre os reis conservas a humildade
Se inimigo ou amigo, poderoso ou pobre,
São iguais para ti à luz da eternidade.
Se quem conta contigo encontra mais que a conta,
Se podes empregar os sessenta segundos
De cada minuto que passa em obra de tal monta
Que o minuto se espraia em séculos fecundos.
Então, ao ser sublime o mundo inteiro é teu!
Então, ao ser sublime o mundo inteiro é teu!
Já dominaste os reis, os templos, os espaços,
Mas ainda para além um novo sol rompeu
Abrindo o infinito ao rumo dos teus passos.
Pairando numa esfera acima deste plano
Sem recear jamais que os erros te retomem,
Quando já nada houver em ti que seja humano,
Alegra-te meu filho... Então serás um HOMEM!
Rudyard Kipling
Imagem retirada do Google
Imagem retirada do Google
terça-feira, janeiro 27, 2015
domingo, janeiro 25, 2015
sexta-feira, janeiro 23, 2015
quarta-feira, janeiro 21, 2015
segunda-feira, janeiro 19, 2015
Amiúde

No vale dos afectos
ninguém está seguro:
mingua a lembrança
Esquece-se o rosto,
Retorna-se ao eu,
Os lábios secam,as palavras dormem,os sonhos dispersam-se a
presença ausenta-se, há o lago de que não se vê o fundo
E apenas as pequenas ilusões
-um café,o cigarro,a limonada-
imitam dois corações unidos...
Raul de Carvalho
Imagem retirada do Google
sábado, janeiro 17, 2015
sexta-feira, janeiro 16, 2015
quinta-feira, janeiro 15, 2015
terça-feira, janeiro 13, 2015
domingo, janeiro 11, 2015
sexta-feira, janeiro 09, 2015
quarta-feira, janeiro 07, 2015
segunda-feira, janeiro 05, 2015
sábado, janeiro 03, 2015
quinta-feira, janeiro 01, 2015
quarta-feira, dezembro 31, 2014
segunda-feira, dezembro 29, 2014
Oração pelos amigos

«Obrigado, Senhor, pelos amigos que nos deste. Os amigos que nos fazem sentir amados sem porquê. Que têm o jeito especial de nos fazer sorrir. Que sabem tudo de nós, perguntando pouco. Que conhecem o segredo das pequenas coisas que nos deixam felizes. Obrigado, Senhor, por essas e esses, sem os quais, caminhar pela vida não seria o mesmo. Que nos aguentam quando o mundo parece um sítio incerto. Que nos incitam à coragem só com a sua presença. Que nos surpreendem, de propósito, porque acham mal tanta rotina. Que nos dão a ver um outro lado das coisas, um lado fantástico, diga-se.
Obrigado pelos amigos incondicionais. Que discordam de nós permanecendo connosco. Que esperam o tempo que for preciso. Que perdoam antes das desculpas. Essas e esses são os irmãos que escolhemos. Os que colocas a nosso lado para nos devolverem a luz aérea da alegria. Os que trazem, até nós, o imprevisível do teu coração, Senhor.»
Pe. José Tolentino de Mendonça
PS: Quem me mandou foi uma querida amiga que escreveu que era feita de contradições.
Eu também sou:)
Imagem retirada do Google
Imagem retirada do Google
sábado, dezembro 27, 2014
Subscrever:
Mensagens (Atom)