Lembram adolescentes nus:
a doirada pele das nádegas
com marcas de carmim, a penugem
leve, mais encrespada e fulva
em torno do sexo distendido
e fácil, vulnerável aos desejos
de quem só o contempla e não ousa
aproximar dos flancos matinais
a crepuscular lentidão dos dedos.
Eugénio de Andrade
Imagem retirada do Google
3 comentários:
Eugénio e pêssegos... duas predileções minhas.
Fantástico poema!! E é que os pêssegos lembram isso mesmo!! Só um Poeta para o dizer assim...beijinhos.
Lindissimo e tão suave.
Uma das frutas que mais gosto, mas felizes dos que têm pessegueiros porque os que se compram são uma autêntica porcaria! Já não há pessegos como antigamente:)
mas há dias numa casa abandonada e em ruinas, um velho pessegueiro brindava quem passava. Parei a apreciar e pensei...como é natureza... e graças a um pastor sentado à sua sombra...não é que trouxe vários? que delícia...
Beijos e obrigado por esta frescura
BOA TARDE:)
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