sábado, outubro 18, 2008
Onde mora a memória obscura,onde
Esse cavalo persiste como um relâmpago de pedra,
onde o corpo se nega,onde a noite ensurdece,
caminho sobre pedras na minha casa pobre.
Não conheço esse lago,não fui a esse país.
Mas aqui é um termo ou princípio novo.
Com a baba do cavalo,com os seus nervos mais finos
reconstruí o corpo,silenciei os membros.
Não se estancou a sede,no mesmo caos de agora,
mas a língua rebenta,as vértebras estalam
por uma nova língua,por um cavalo que una
a terra à tua boca,e a tua boca à água.
António Ramos Rosa
Foto:Okan Metin
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4 comentários:
http://avarinhamagicadevalentimloureiro.blogspot.com/
Complicado e perturbador!
Bom sábado****
Soberbo!! Beijos.
O cavalo é um ser portentoso, intrinsecamente indomável, e que nenhum homem no seu perfeito juízo conceberia levar a leilão, porque a sua natureza, a sua independência não têm preço.
Como todos os seres para além das leis gerais que o possam definir, é acima de tudo um ser único.
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