quinta-feira, outubro 02, 2008
Diz
Diz-me que quando não estou
O tempo anda ao contrário
E que o teu calendário
Só tem dos dias
Os dias em que sou.
Diz-me que sem mim
É sempre noite escura
E que sol e lua se ausentam
Dos sítios onde não estou.
Diz-me que morres
No momento em que parto
E que se voltas à vida
É porque vida te dou.
Diz-me do amor as palavras mais absurdas
Se mas disseres na boca
Serão todas elas verdades.
Encandescente, in"Erotismo na Cidade", pág.48, Editora Polvo
Foto:Margarida Delgado
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7 comentários:
A Encandescente escreve bem.
Merece inteiramente o teu destaque.
Beijinhos.
Precisamos de nos sentirmos importantes para o outro de quem gostamos!
A necessidade que todos sentimos no "diz". Lindissimo e há dias reli um dos livros dela.
Um resto de boa noite:)****
Belo poema!
Sempre belos os poemas da Encandescente. Beijos.
Quantas palavras esperadas neste... diz-me...
Por coincidência ainda ontem estive com um dos livros dela... pena que tenha fechado o blogue.
Grata pela partilha.
Bom fim de semana
Toda tu és sensibilidade, Wind. Sempre lindíssimas e fartas as tuas escolhas, sempre!
É tão bom passear por este teu recanto!
Beijo,
Cris
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