sexta-feira, outubro 03, 2008
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Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.
Pablo Neruda
Foto:Yuri Bonder
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5 comentários:
E este é só do Neruda :)
Beijos, Wind.
O amor move montanhas.
Bom dia*********
Tão fantasticamente belo!!!
Pablo Neruda... só pode ler-se e reler-se assim...
Grata pela partilha.
Um abraço carinhoso e bom fim de semana ;)
O Amor tem o condão de nos transformar e de nos engrandecer.
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