Nas vastas águas que as remadas medem.
tranquila a noite está adormecida.
Deslisa o barco, sem que se conheça
que o espaço ou tempo existe noutra vida,
em que os barcos naufragam, e nas praias
há cascos arruinados que apodrecem,
a desfazer-se ao sol, ao vento, à chuva,
e cujos nomes se não vêem já.
Ao que singrando vai, a noite esconde o nome.
Jorge de Sena
Foto:
José Marafona
4 comentários:
Wind,
Sena muito bem ilustrado, a culminar uma grande série de belos poemas que dá gosto recordar, e nalguns casos conhecer, e das imagens e fotos excelentes a que nos habituaste. A "Fábula da fábula" é uma delícia!
Beijinhos e boa semana!
Os barcos e nós...beijos.
Tão triste mas não menos real!
Beijos
Um belo poema de jorge de sena.
beijos
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