sexta-feira, agosto 08, 2008
À beira de Cesário
A vendedeira levantou o taipal,
oferecendo as suas rosas brancas,
e eu, fiquei na imagem.
As castanhas estalaram no cone de jornal
e o odor subiu, azul-cinzento.
Com que penetrante faca
esta aguda luz de gelo
se me fincou no olhar...
mas, era apenas
outra manhã de relento...
O cacilheiro partiu de incerta margem,
por onde errava um acordeão azeri,
atrás de uma valsinha circular.
Eis o acordar
de Lisboa-aragem,
esfumada e esguia,
comigo ali.
Manuel Filipe, in"Nas Palmas da Noite", pág.6, Apenas Livros
Foto retirada do Google
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5 comentários:
revista electrónica em que participo http://www.scribd.com/groups/view/8296-samizdat
beijinho
Sempre bem, Manuel Filipe!! Beijos.
adorei o poema.
beijinhos e bom fim de semana
Excelente escolha.
Um dos melhores poemas que li do Manuel Filipe.
Bom fim de semana, beijinhos.
Manuel Filipe no seu melhor! e a foto que escolheste peca por excelente:)
Beijocas
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