domingo, agosto 03, 2008

Num sonho

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Em minhas mãos tomo teu rosto agora
E não sei se esse gesto vai ferir-me.
Não sei se fico aqui, pensando em ir-me,
Ou se a teus pés sucumba sem demora.

Tenho medo de amar! Vou demitir-me
Desse ofício de sonhos. Vou-me embora.
Mas, o Amor me chama e nele ancora
O meu jeito de ser e de exprimir-me.

Tomo teu rosto, então, por um minuto.
Um grande amor, do eterno claro fruto,
Envolve-me de todo e com loucura.

Entregue fico então ao meu desejo
E ficas em meus braços e te beijo
E morres de prazer e de ventura.

Artur Eduardo Benevides

Foto:Paul Bolk

2 comentários:

Paula Raposo disse...

Belíssimo este poema com uma foto tão sensualmente bem escolhida!! Lindo! Beijos.

Fatyly disse...

Bastante sensual e belo! Mais um poeta que não conhecia!

Beijocas