quarta-feira, setembro 24, 2008

Poema XVIII



Impetuoso, o teu corpo é como um rio
onde o meu se perde.
Se escuto, só oiço o teu rumor.
De mim, nem o sinal mais breve.

Imagem dos gestos que tracei,
irrompe puro e completo.
Por isso, rio foi o nome que lhe dei.
E nele o céu fica mais perto.

Eugénio de Andrade

Foto:Michael Anderson

4 comentários:

Paula Raposo disse...

Sublime é o que eu acho!! Beijos.

peciscas disse...

Não são precisas palavras para comentar a extrema beleza deste poema do mestre Eugénio.
Basta senti-la.

Fatyly disse...

Lindo, lindo, lindo!****

Nilson Barcelli disse...

A poesia do Eugénio de Andrade é uma delícia.
Não me canso de o ler...
A foto foi bem escolhida, é perfeita para o poema.
Beijinhos.