sexta-feira, setembro 19, 2008
De porta
em porta
-Quem? O infinito?
Diz-lhe que entre.
Faz bem ao infinito
estar entre gente.
-Uma esmola? Coxeia?
Ao que ele chegou!
Podes dar-lhe a bengala
que era do avô
-Dinheiro? Isso não!
Já sei,pobrezinho,
que em vez de pão
ia comprar vinho...
-Teima? Que topete!
Quem se julga ele
se um tigre acabou
nesta sala em tapete?
-Para ir ver a mãe?
Essa é muito forte!
Ele tem não tem mãe
e não é do Norte...
-Vítima de quê?
O dito está dito.
Se não tinha estofo
quem o mandou ser
infinito?
Alexandre O'Neill
Imagem retirada do Google
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3 comentários:
muito bom vir conhecer teu blog. Gostei muito daqui.
Tenha um belo final de semana.
maurizio
Não conhecia este poema tão simples e cheio de tudo.
Bom dia:)*****
Fantástico este infinito visto pelos olhos do Poeta!!
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