O meu marido
saiu de casa no dia
25 de Janeiro. Levava uma bicicleta
a pedais, caixa de ferramenta de pedreiro,
vestia calças azuis de zuarte, camisa verde,
blusão cinzento, tipo militar, e calçava
botas de borracha e tinha chapéu cinzento
e levava na bicicleta um saco com uma manta
e uma pele de ovelha, um fogão a petróleo
e uma panela de esmalte azul.
Como não tive mais notícias, espero o pior.
Alexandre O'Neill
Foto retirada do Google
4 comentários:
Não conhecia este poema
- Levando para o campo da ditadura:com esse material todo, ela poderia esperar sentada pelo pior, mas quantas e quantas nunca receberam NADA e ainda hoje estão convencidas que se perderam no mundo!
- Levando para o campo do amor: acontece usarmos todo o material para uma fuga, quando se deixam sentimentos tão mal tratados.
- Levando para a actualidade: olha, olha o meu ômi voltou tão rico e cheio de prendas em "ouro" e tadinho trabalhou que se fartou.
Trimmm, Trimmm
O meu marido
saiu de casa no dia
que voltou tão rico.
Levava as mãos atadas
calças, camisola e cuecas
todas suadas
Como não tive mais notícias,
aguardo que volte com
com o mesmo tino
e com uma bonita guia
"termo de identidade e
continência"
ou será incontinência?
Atchim! Atchim
Oh Alexandre tu desculpa
mas hoje estou assim!
Desculpa a brincadeira, mas tudo se deve ao stress pós férias LOLLLLLL:)
Beijocas
Sempre fantástico O'Neill!!! Eu também esperaria o pior...
Será que ele já foi encontrado?
Beijos
Sarcarmo!
Gosto do O'Neill.
Beijinhos
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