O pardalzinho nasceu
Livre. Quebraram-lhe a asa.
Sacha lhe deu uma casa,
Água, comida e carinhos.
Foram cuidados em vão:
A casa era uma prisão,
O pardalzinho morreu.
O corpo Sacha enterrou
No jardim; a alma, essa voou
Para o céu dos passarinhos!
Manuel Bandeira
Imagem retirada do Google
4 comentários:
Gosto muito desta simplicidade.
Beijos.
Simples, não conhecia...
Que ternura de poema! Adorei!
Beijocas
Vou repetir o que já foi dito, mas a simplicidade deste e de muitos outros poemas de Manuel Bandeira é notável. Sobretudo porque "parece fácil". Mas não é, não.
"Irene preta.
Irene boa.
Irene sempre de bom humor.
Imagina Irene entrando no Céu:
- Licença, meu branco?
E São Pedro, bonachão:
- Entra, Irene, Você nem precisa pedir licença."
Pois é. Simples, não? Porque será que nunca me saíu da memória?
Um beijo.
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