segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Pardalzinho



O pardalzinho nasceu
Livre. Quebraram-lhe a asa.
Sacha lhe deu uma casa,
Água, comida e carinhos.
Foram cuidados em vão:
A casa era uma prisão,
O pardalzinho morreu.
O corpo Sacha enterrou
No jardim; a alma, essa voou
Para o céu dos passarinhos!

Manuel Bandeira

Imagem retirada do Google

4 comentários:

Paula Raposo disse...

Gosto muito desta simplicidade.
Beijos.

polittikus disse...

Simples, não conhecia...

Fatyly disse...

Que ternura de poema! Adorei!

Beijocas

Alien8 disse...

Vou repetir o que já foi dito, mas a simplicidade deste e de muitos outros poemas de Manuel Bandeira é notável. Sobretudo porque "parece fácil". Mas não é, não.

"Irene preta.
Irene boa.
Irene sempre de bom humor.
Imagina Irene entrando no Céu:
- Licença, meu branco?
E São Pedro, bonachão:
- Entra, Irene, Você nem precisa pedir licença."

Pois é. Simples, não? Porque será que nunca me saíu da memória?

Um beijo.