terça-feira, fevereiro 02, 2010

Estou escondido na cor amarga do fim da tarde



Estou escondido na cor amarga do
fim da tarde. sou castanho e verde no
campo onde um pássaro
caiu. sinto a terra e orgulho
por ter enlouquecido. produzo o corpo
por dentro e sou igual ao que
vejo. suspiro e levanto vento nas
folhas e frio e eco. peço às nuvens
para crescer. passe o sol por cima
dos meus olhos no momento em que o
outono segue à roda do meu tronco e, assim
que me sinta queimado, leve-me o
sol as cores e reste apenas o odor
intenso e o suave jeito dos ninhos ao
relento

Valter Hugo Mãe

Imagem retirada do Google

3 comentários:

Fatyly disse...

A melancolia do Outono numa forma bem original. Não conhecia!

Beijos e um bom dia...IRRAAAAAAA como está frio:)

Paula Raposo disse...

Excelente poema!! Gostei imenso.
Beijos.

Politikus disse...

Não conhecia. Invulgar...