sexta-feira, julho 04, 2008

Pequenas Viagens



Pernas constrangidas,
mãos irrequietas a procura de um lugar
para esconder-se,
corpos que se desviam de outros corpos,
olhos perdidos aflitos ansiosos
com a demora da viagem,
pensamentos entrecortados
por conversas que se escutam,
vozes que não se pronunciam,
até que tudo termina
com um barulho de porta abrindo
e um aviso frio e inexpressivo:
— Oitavo andar!

Germano Rocha

Foto:Wind

3 comentários:

papagueno disse...

Pois eu moro no 2º andar prefiro ir pelas escadas :)
Bjks

Fatyly disse...

Sempre gostei muito destatua foto, apesar de não gostar nada de elevadores. O poema descreve bem a falta de tudo nas "vozes que não se pronunciam".

Bom dia***********

Paula Raposo disse...

�ptima fotografia!! Eu adoro essses elevadores de outras �pocas...