E se a dor se visse?
E se no corpo ficasse marcada
A intensidade, a duração do golpe?
E se por cada dor se formasse uma ruga
Uma estria, uma cicatriz?
As ruas ficariam cheias de monstros ambulantes
E fecharíamos os olhos horrorizados
Com a visão da dor alheia.
Encandescente, in"Palavras Mutantes", pág.61. Editora Polvo
4 comentários:
Wind,
Eu penso que todos os desgostos deixam marcas.
Algumas não são visíveis.
Deve ser por isso que eu digo que não há tempo para ser infeliz:)))
Beijos
São as dores invisíveis, as que não deixam marcas aquelas que mais magoam.
Bjks
Estive a pôr a leitura em dia que isto de ser avó tem muito que se lhe diga.
Gostei de todos os poemas bem como as fotos e encandescente sempre tocante com as suas palavras, porque com a simplicidade da sua escrita acerta sempre no alvo.
Obrigado por todo este momento belo de poesia.
Beijos sinceros
Sem dúvida!! Completos monstros...
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