A exaltação do mínimo,
e o magnífico relâmpago
do acontecimento mestre
restituem-me a forma
o meu resplendor.
Um diminuto berço me recolhe
onde a palavra se elide
na matéria - na metáfora -
necessária, e leve, a cada um
onde se ecoa e resvala.
A magnólia,
o som que se desenvolve nela
quando pronunciada,
é um exaltado aroma
perdido na tempestade,
um mínimo ente magnífico
desfolhando relâmpagos
sobre mim.
Luísa Neto Jorge
Imagem retirada do Google
4 comentários:
A magnólia é uma flor linda.
E o texto maravilhoso.
Tudo a condizer de belo: a imagem e as palavras.
Gostei.
Beijos.
Há pequenas coisas que nos restituem a alegria de viver.
Belíssimo poema. Gostei e não conhecia a autora.
Boa semana, beijos.
Desconhecia a autora e este poema, tal como a magnólia é suave e sensível!. Gostei muito!
Beijocas
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