quarta-feira, junho 16, 2010
Jantar
Ao jantar, tive uma ninfa
para a sobremesa. Tirei-lhe o vestido
e fiquei com a polpa
nas mãos. Separei os gomos
dos seus seios, descasquei
a sua pele, soltei-lhe dos cabelos
os caroços, e vi o fruto abrir-se
num colar de róseas pérolas. Fiz
com que o seu sumo me escorresse
pelas mãos, e bebi-o na taça
dos seus lábios. Ao jantar,
com uma ninfa nua
no prato da sobremesa,
esperei pelo café; e enquanto
não chegava, esvaziei o prato,
e fiquei com fome.
Nuno Júdice
Imagem retirada do Google
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4 comentários:
Lindo! lindo!
um beijo daqui.
Acho fantástico este poema!
Beijos.
Extraordinário.
Ainda por cima, adoro ninfas. Daquelas que se podem despir.
(sorriso)
Um grande poema!
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