quarta-feira, setembro 23, 2009

As maçãs



Da alma só sei o que sabe o corpo:
onde a esperança e a graça
aspiram ao ardor
da chama é a morada do homem.
Vê como ardem as maçãs
na frágil luz de inverno
uma casa devia ser
assim: brilhar ao crepúsculo
sem usura nem vileza
com as maças por companhia.
Assim: limpa, madura.

Eugénio de Andrade

Imagem retirada do Google

4 comentários:

Paula Raposo disse...

A delícia de um poema. Beijos.

Nilson Barcelli disse...

Magnífico.
Beijo.

peciscas disse...

Bonitas maçãs...

Fatyly disse...

ao ler senti o odor das maçãs:)

Beijocas