sábado, abril 18, 2009
Mentiras
As das crianças, para não serem castigadas;
as dos apaixonados de uma noite
quando prometem um amor eterno;
as de quem tudo vende, corpo e alma,
para subir o preço desses bens;
as dos que inventam histórias inverosímeis
em busca de atenção;
as dos médicos, quando compreendem
que já não é possível;
as dos candidatos a eleições;
as dos melhores actores, tão perfeitas
que se tornam verdade;
as dos padres de todas as igrejas
anunciando a salvação;
as mais inofensivas ou as mais perversas;
Fernando Pinto do Amaral, in"Poesia", pág.81, D.Quixote
Imagem daqui
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5 comentários:
Wind,
Simples e interessante, este poema. E duas tartarugas, a de baixo mais a do Neruda... quem quiser que escolha!
O credo dos Xutos sobre o flautim do Drummond com a menina dos olhos a ver sobre si mesma o que o Drummond deseja e o que o Bandeira pede ao Quintana.
É obra!
Beijinhos.
Não conhecia este poema. As várias mentiras que se usam...Gostei. Beijos.
Não conhecia e as variantes das mentiras que continuam sempre com o denominador comum: têm perna curta.
A foto está demais:)
Beijos e um BOM DIA!
Wind,
Eu não gosto de mentiras.
Nem as do Pinóquio:)))
O poema é excelente e a brincadeira do Kaos é a imagem adequada:)).
Beijos grandes
Enfim, mentiras para todos os gostos.
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