domingo, março 22, 2009

As rosas



Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites transparentes,
Todo o fulgor das tardes luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.

Sophia de Mello Breyner Andresen, in"Cem Poemas De Sophia", pág.21, Editorial Caminho

Foto retirada do Google

2 comentários:

Fatyly disse...

Os poemas de Sophia têm sempre grandes mensagens/verdades com tanta ternura.

Beijocas e um bom dia

Paula Raposo disse...

O modo fantástico de escrever o que se sente, da Sophia. Um muito belo poema. Beijos.