segunda-feira, agosto 30, 2010
As andorinhas
Vi-as levantar
e partirem em direcção
ao Sul
molhadas apenas
por uma luz muito alta e límpida
essa água quase rasante
do amanhecer
Voltarão com a Primavera
com o pranto
das últimas chuvas
o cheiro das primeiras flores
quando o ar
se esclarece e é uma cortina aberta
transparente e lavada
quando já nada resta
senão a memória breve
da sua partida
porque só elas partem
e só elas regressam
só elas escrevem o tempo
que sem cessar
se escoa
irremediavelmente
Luís Serrano
Imagem retirada do Google
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4 comentários:
Lindo, Wind!
Bj
Nunca li nada do autor.
Mas gostei. Poesia muito boa.
Um beijo.
Há sempre um regresso e de facto como o tempo escoa. Adorei!!!!
Beijocas
Gostei imenso! Tocou cá dentro...
Beijos.
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