sexta-feira, julho 09, 2010
Tarde com sol
As coisas simples dizem-se depressa ; tão depressa
que nem conseguimos que as ouçam. As coisas
simples murmuram-se; um murmúrio
tão baixo que não chega aos ouvidos de ninguém.
As coisas simples escorrem pela prateleira
da loja; tão ao de leve que ninguém
as compra. As coisas simples flutuam com
o vento; tão alto, que não se vêm.
São assim as coisas simples: tão simples
como o sol que bate nos teus olhos, para
que os feches, e as coisas simples passem
como sombra sobre as tuas pálpebras.
Nuno Júdice
Imagem retirada do Google
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4 comentários:
Pois é: das coisas simples faz-se um poema lindíssimo.
Um beijo daqui.
Bonito.
Bom fim de semana e beijos.
Um doce poema de coisas simples. Gostei muito.
Beijos.
E são nas coisas e gestos simples que se encontra a maior alegria de viver!
Gostei imenso!
beijocas
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