domingo, dezembro 06, 2009

O último poema



Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Manuel Bandeira

Imagem retirada do Google

4 comentários:

Paula Raposo disse...

Sentimentos que devem conter os poemas. Sobretudo paixão!
Gostei.
Beijos.

Fatyly disse...

Uma prosa que é de extremos a extremos e bastante pertubador! Gostei!

Beijocas e um bom domingo

mfc disse...

A pureza da poesia...

rabina disse...

Magnífico...
Louco...