No obscuro desejo,
no incerto silêncio,
nos vagares repetidos,
na súbita canção
que nasce como a sombra
do dia agonizante,
quando empalidece
o exterior das coisas,
e quando não se sabe
se por dentro adormecem
ou vacilam, e quando
se prefere não chegar
a sabê-lo, a não ser,
pressentindo-as, ainda
um momento, na aresta
indizível do lusco-fusco.
Vasco Graça Moura
Imagem retirada do Google
4 comentários:
Gosto!!!
Malancólico... Gostei.
Sabe-se lá porquê, não gosto da escrita e poesia deste advogado e político:)
Mas adorei a foto...eu e os candeeiros:)))))
Beijocas e um bom dia
Saber dizer assim, é outra loiça...
Querida amiga, desejo-te um Feliz Natal.
Beijos.
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