quinta-feira, junho 11, 2009

Sem outra palavra para mantimento



Sem outra palavra para mantimento
Sem outra força onde gerar a voz
Escada entre o poço que cavaste em mim e a sede
Que cavaste no meu canto, amo-te
Sou cítara para tocar as tuas mãos.
Podes dizer-me de um fôlego
Frase em silêncio
Homem que visitas
Ó seiva aspergindo as partículas do fogo
O lume em toda a casa e na paisagem
Fora da casa
Pedra do edifício aonde encontro
A porta para entrar
Candelabro que me vens cegando.
Sol
Que quando és nocturno ando
Com a noite em minhas mãos para ter luz.

Daniel Faria

Imagem retirada do Google

4 comentários:

poematar disse...

Belas escolhas. É sempre bom lembrar Camões, nunca é demais pois temos tendência para esquecer. Visitas-me no poemar-te? Gostaria. Tudo de bom.

Fatyly disse...

Uma prece sentida! Não conhecia e gostei!

Beijocas

Paula Raposo disse...

Profundo. Beijos.

Hindy disse...

"Que quando és nocturno ando
Com a noite em minhas mãos para ter luz"

Gostei.

Um beijinho hindyado