quinta-feira, janeiro 08, 2009
No dormitório do colégio interno
A Lua tinha
uma trança longa e negra
e dormia na cama
junto à minha
debaixo da janela.
Era asmática a Lua
e o ar da noite fria
o ar todo ao redor
não era suficiente
para ela.
Eu ia buscar-lhe água,
os pés descalços
sobre os azulejos
nos corredores cheios
de fantasmas,
e ela se debruçava
sobre o copo
sorvendo lentos goles
de via-láctea.
Mas só com a chegada
da manhã
quando tocava o sino da capela
cessava a asma.
A luz branca se punha
sob a pele
e vinha então o sol
tomar-lhe a boca.
Marina Colasanti
Imagem retirada do Google
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5 comentários:
Deste poema não gosto. Frio. Ao falar-se de asma não me soa bem. Só isso. Beijos.
diferente ...
mas interessante.
bjs
Wind,
De tudo o que li, ficou-me sobretudo a ideia naquele poema do Borges a um gato. Posso copiá-lo para o meu Blogato? :)
Uma vez mais, um excelente 2009 para ti!
Beijos.
Surpreendente, insólito, mas gostei.
Subscrevo as palavras do Peciscas.
Beijos
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