Tu eras neve.
Branca neve acariciada.
Lágrima e jasmim
no limiar da madrugada.
Tu eras água.
Água do mar se te beijava.
Alta torre, alma, navio,
adeus que não começa nem acaba.
Eras o fruto
nos meus dedos a tremer.
Podíamos cantar
ou voar, podíamos morrer.
Mas do nome
que maio decorou,
nem a cor
nem o gosto me ficou.
Eugénio de Andrade
Imagem retirada do Google
2 comentários:
Um passado marcante nas mãos deste grandioso poeta. Gostei imenso!
Beijocas e um bom dia
Bom trabalho de Eugénio de Andrade.
:)
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