domingo, julho 21, 2013

Venho de dentro, abriu-se a porta...



Venho de dentro, abriu-se a porta:
nem todas as horas do dia e da noite
me darão para olhar de nascente
a poente e pelo meio as ilhas.

Há um jogo de relâmpagos sobre o mundo
de só imaginá-la a luz fulmina-me,
na outra face ainda é sombra

Banhos de sol
nas primeiras areias da manhã
Mansidões na pele e do labirinto só
a convulsa circunvolução do corpo.

Luiza Neto Jorge

Imagem retirada do Google

3 comentários:

Fatyly disse...

Desconhecia a autora, mas é de facto um excelente poema.

Beijocas e um bom domingo

Anónimo disse...

Muito bonito.
A imagem é soberba.

Bj

Anónimo disse...

Bastante meteorológico. :)