domingo, fevereiro 05, 2012
Nascimento último
Como se não tivesse substância e de membros apagados.
Desejaria enrolar-me numa folha e dormir na sombra.
E germinar no sono,germinar na árvore.
Tudo acabaria na noite,lentamente,sob uma chuva densa.
Tudo acabaria pelo mais alto desejo num sorriso de nada.
No encontro e no abandono,na última nudez,
respiraria ao ritmo do vento,na relação mais viva.
Seria de novo o gérmen que fui,o rosto indivisível.
E ébrias as palavras diriam o vinho e a argila
e o repouso do ser no ser,os seus obscuros terraços.
Entre rumores e rios a morte perder-se-ia.
António Ramos Rosa
Imagem retirada do Google
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2 comentários:
Potente e fabuloso!
A foto bem escolhida mas tive que sorrir porque há dias, devido a esse aglomerado de folhas...ai vai de fazer skuuu:):)
Beijocas e bom domingo
Muito bom este trabalho.
Bj
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