Este búzio não o encontrei eu própria numa praia
Mas na mediterrânica noite azul e preta
Comprei-o em Cós numa venda junto ao cais
Rente aos mastros baloiçantes dos navios
E comigo trouxe ressoar dos temporais
Porém nele não oiço
Nem o marulho de Cós nem o de Egina
Mas sim o cântico da longa vasta praia
Atlântica e sagrada
Onde para sempre a minha alma foi criada
Sophia de Mello Breyner Andresen
Imagem retirada do Google
1 comentário:
Havia tantos búzios desses na minha terra.
Um poema terno de quem se identificava com o mar e realmente nunca consegui perceber como é possível ouvir o mar nos búzios, que maravilha:)
Beijocas e um bom serão
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