Andou livremente na cidade
até que a morte lhe pôs a sua máscara.
Guiado pelo néon azul-pálido
e pelas camas de cartão dos sem-abrigo
estragou a alma em condensados de tabaco
e as mangas com gordura e vinho tinto.
Foi seduzido pelas putas e faquistas
que partilham silenciosos as esquinas
e mais-que-bêbedo tropeçou na Lua-cheia
"hei-de marcar-te a face um dia destes..."
Manuel Filipe, in"O Rosto Remoto", pág. 25
Imagem retirada do Google
3 comentários:
curioso. gosto.
Um poema bem forte...e real!
Beijocas
Mais uma excelente escolha.
É um bom poema.
Boa semana.
Beijos.
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