quarta-feira, junho 10, 2015
Labirinto ou não foi nada
Talvez houvesse uma flor
aberta na tua mão.
Podia ter sido amor,
e foi apenas traição.
É tão negro o labirinto
que vai dar à tua rua. . .
Ai de mim, que nem pressinto
a cor dos ombros da Lua!
Talvez houvesse a passagem
de uma estrela no teu rosto.
Era quase uma viagem:
foi apenas um desgosto.
É tão negro o labirinto
que vai dar à tua rua...
Só o fantasma do instinto
na cinza do céu flutua.
Tens agora a mão fechada;
no rosto, nenhum fulgor.
Não foi nada, não foi nada:
podia ter sido amor.
David Mourão-Ferreira
Imagem retirada do Google
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8 comentários:
Este poema fez-me lembrar dum texto que eu escrevi já há alguns anos atrás depois do fim de uma relação muito marcante que eu tive. Se te(vos) apetecer ler, aqui está ele:
http://fireheadsblog.blogspot.com/2011/11/nossa-rua.html
Beijinhos, bom feriado e viva Portugal!
Muito directo este poeta e gostei imenso de reler!
Beijocas e um bom dia
David Mourão-Ferreira tinha a mania de nos prender à escrita.
Ainda bem que assim era.
Beijos
Gosto tanto quando tu escreves assim Firehead:)
Obrigado. :)
Andas a querer levar uma trancada do FireHead... Para que começou por odiá-lo, a rata depressa se te acendeu, porcalhonita...
É é isso tudo e tu estás c ciumes. Iololol :)
Olha vê lá se queres que eu interceda por ti a ele :)
Ó anónimo, ela começou por me odiar porque não me conhecia bem. Pensava que eu sempre que abria a boca só falava mal dos pretos e que queria acabar com os gays todos hehehehe. :)
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